Não lhe vamos chamar de sorte. Numa fase inicial tudo se
parece com o impossível. Tomamos isso como certo, como ponto de partida, até.
Não poderia ser verdade.
Tememos a viagem que acontece após todos os julgamentos, viagem
essa provocada pelo amor, que acaba sempre por ser mais forte do que nós.
Agimos de acordo com a sua vontade, que é no fundo a nossa também, embora não
dê para acreditar. A partir daí só existe uma hipótese: arriscar.
Não foi um sorte tudo ter começado, foi amor. Foi ele que
nos uniu. Não é uma sorte permanecer, ter chegado onde chegamos porque “quem
ama cuida”, sempre ouvi dizer.
E é por isso, por amar, por cuidar de nós, e de ti. Por ter
essa responsabilidade, este papel e aceitá-lo totalmente.
Finalmente, não deixo de ser uma sortuda, não deixo de
admitir que o sou. E sou-o por isto.