"Falar sem aspas, amar sem interrogações, sonhar com reticências, viver e ponto final."

sexta-feira, 27 de abril de 2012

O amor? Oh, o amor. É um doce e por vezes é amargo. Uns dias melhor outros pior. Uns dias mais alto, outros mais baixo. O amor é cego, é mágico, é um abismo. Quando caímos nele pela primeira vez jamais saímos de lá. É aquele sentimento que quando se entranha em nós nunca mais nos larga. Eu acredito que é aquele sentimento que nasce connosco mas é ao longo da vida que vamos aprender a viver com ele, é quando nos apaixonarmos que vamos aprender a lidar com isso. Com o passar do tempo ele vai mostrar-nos que existem duas faces, vai mostrar-nos que tem um lado positivo e um lado negativo e quando o conhecermos tal e qual como ele é, quando o apanharmos não só em dias bons mas também em dias menos bons vamos perceber que nem ele é perfeito, que nem ele é certo. Vamos ver que ele também nos desaponta, também nos prega partidas. Vamos aprender o que é perder, vamos saber que o amor só é feliz enquanto existe e, essencialmente, quando é retribuído e que quando deixa de existir não é amor, é sim algo triste e com isto vamos ver que, embora ele não nos largue nós vamos ter de o largar muitas vezes. E o arrependimento faz parte. Vamos ficar com peso na consciência, vamos questionar-nos se foi mesmo o melhor para os dois ou se não. Vamos perguntar se teria mesmo de ser assim ou se ainda havia volta a dar. Vamos ter sempre a impressão de que se calhar se naquele dia não tivesse aquela atitude as coisas podiam ser bem diferentes, vamos pensar que se calhar se não tivesse dito aquilo assim, daquela maneira, as coisas não viessem a ficar como ficaram ou até mesmo a acabar. Vamos culpar-nos sempre mas vai haver, também, uma vez que te vais sentir culpado (a). Vai chegar o dia em que os teus defeitos vão ser postos em causa e tu, se não souberes lidar com isso, vais levar o assunto como uma provocação, um desgosto. Vais ouvir ou ler as coisas e, provavelmente, vais pensar que estão a dizer que já não gostam de ti, que já não te amam. Mas é mesmo assim, o amor chega a um certo ponto que já não tolera alguns defeitos. Chegamos a uma fase em que a ideia é sermos adultos, os dois, juntos! É tornarmo-nos realmente um casal e não um simples par de namorados que passeiam de mão dadas na rua, que se beijam loucamente, mas sim vamos passar a ser duas pessoas adultas, que se beijam intensamente, que sabem a altura certa para beijar, que escolhem o minuto perfeito para abraçar e andam de mãos dadas porque o amor realmente existe, porque querem a proximidade um do outro, querem sentir que estão lado a lado, querem sentir-se protegidos e bem. Porque realmente amar tem um significado especial e o amor faz sentido. Porque amor não é só na cama mas sim em todo o lado. Amor é um sentimento que se vive em qualquer lado e pode ser demonstrado com palavras, com olhares, não é necessariamente algo perverso. Porque o amor exige trabalho, paciência, dedicação e coração. O amor é o único que, quando nos invade verdadeiramente, nos consegue ir buscar características próprias, nossas, consegue ir ao mais profundo de nós. Sim, exige-nos muita coisa, mas quando gostamos mesmo nós estamos dispostos a tudo, nós cuidamos, nós aguentamos, até porque «quem anda por gosto não cansa».

sábado, 21 de abril de 2012

Sabes o que eu queria agora? Queria o teu corpo aqui, deitado ao lado do meu. Queria a minha cabeça debruçada no teu peito, enquanto os teus braços entrelaçavam no meu corpo e as nossas mãos se unissem. Queria ficar assim contigo, tanto nesta como em todas as outras noites, a ouvir a tua respiração. Sentir-te realmente ao meu lado, contemplar o teu corpo, o teu jeito e cada beijo que fosse surgindo. Queria deixar-me de uma vez por todas de imaginações. Queria deixar-me de criar este tipo de imagens na minha cabeça e passar de uma vez por todas ao real. Deixar de me agarrar á almofada com tanta força como se fosses tu que lá estivesses e começares a ser tu a minha verdadeira almofada, o meu aconchego, o meu repouso. Queria deixar de ler e passar a ouvir o “AMO-TE” de todas as noites, de cada final do dia. Queria que me sussurrasses essa linda palavra ao ouvido, como fazes cada vez que estamos juntos. Não queria que me dissesses que vais estar a dormir aqui ao meu lado agarrado a mim, simplesmente queria que cá estivesses, sempre. Queria de uma vez por todas a tua companhia, o teu abraço, o teu calor. Queria que me cobrisses as costas com a tua calma, queria sentir as tuas mãos a deslizar pelos meus braços, queria arrepiar-me com todas essas coisas antes de adormecer. Queria beijar-te como uma maneira de dizer «boa noite» e queria acordar com um beijo leve e calmo na testa, e ouvir, no teu tom de voz perfeito: “bom dia princesa”, acompanhado por um sorriso estupendo, que é o teu!
O amor? O amor é o resultado de uma receita criada por cada duas pessoas, por cada casal. O amor é um montante de ingredientes que surgem das profundezas de dois corpos. Ingredientes esses usados jamais para alguma coisa, ingredientes que se calhar nenhum de nós imagina que tenhamos, que desconhecíamos mas que juntamente com um outro alguém, sendo esse alguém ‘o tal’ ou ‘a tal’ conseguimos descobrir. Assim, conseguimos fazer quase que uma viagem por nós próprios e é numa viagem como essa que descobrimos que temos um paraíso dentro de nós. Descobrimos, finalmente, que temos algo de bom. Algo puro e verdadeiro. Um sítio perfeito mas fechado. Fechado por nós. Enquanto fechado, com acesso limitado ao dono vamos decorando esse sítio. Vamos adquirindo sentimentos e emoções e é aí que vamos guardando tudo isso, vamos tornando esse sítio cada vez mais bonito. Vamos preservando tudo isso até chegar o dia, até chegar a hora, até chegar a nossa vez. Até o dia que chega alguém, mas não é um alguém qualquer, é ‘aquele alguém’. Aquele há muito esperado, aquele que com o qual sonhávamos, de uma maneira subentendida. Aquele que mexe connosco, que nos deixa com borboletas na barriga cada vez que se aproxima. Aquele que nos deixa parados no tempo, com um sorriso parvo mas extraordinário, estampado no rosto. Aquele que torna o dia mais bonito, mais preenchido, mais colorido. Aquele que nos deixa com o coração a mil á hora. Aquele que nos deixa com um bom humor único. Aquele que é a peça mais importante, é a peça fundamental, a peça essencial, a peça que falta para que aquele espaço, aquele sitio que está fechado. É essa peça que vai tornar esse lugar perfeito! É essa pessoa que nos vai fazer abrir de uma vez as portas desse sítio e é essa pessoa que vai lá habitar, juntamente connosco. No nosso coração, na nossa vida! Esse vai ser um mundo só nosso, vai ser o nosso mundo! Esse sítio é o meu coração. É ele que te vai acolher, é ele que vai ser sempre o teu ponto de abrigo. Ele vai ser a tua casa! É ele aquele cantinho vivo, cheio de luz, quentinho e com muito amor para te dar. É o perfeito coração que vai funcionar sempre enquanto tu lá permaneceres. Enquanto tu existires, enquanto nos amar-mos!

sexta-feira, 20 de abril de 2012

Vive a vida mas também tens de a saber viver. Leva-a á tua maneira, mas controla-te. Não caias em excessos. Não te deixes levar só pelas incertezas. Questiona, questiona a vida! Questiona-te a ti, questiona o outro. As perguntas serão sempre uma necessidade por isso não te acanhes, mesmo que tenhas medo tenta. É importante que saibas para onde queres, para onde estás e para onde queres ir. Ás vezes a resposta a cada pergunta chega a alcançar as nossas expectativas. Por vezes até nos chega a surpreender. Ás vezes a resposta é aquela que não esperavamos ouvir, mas que acaba por saber lindamente. Acaba por chegar na altura certa, acabando também por ser uma necessidade. Na verdade ás vezes é isso que nos falta. Ás vezes é mesmo um simples "Obrigada" que acaba por dizer tudo, que acaba por substituir qualquer outro tipo de palavra. É mesmo a necessidade de sentir que alguém nos está grato. Saber que fizemos algo de bom, algo de importante, saber que a nossa ajuda valeu a pena. Saber que também sou "uma GRANDE GRANDE amiga" para aquele meu GRANDE GRANDE amigo. Saber que um não está mais para isto, que o outro mas sim estão os dois em igual. Saber que toda a brincadeira é só uma maneira de «fugir» aos assuntos sérios, uma maneira de os fazer sorrir, divertir um bocado, deixando por alguns minutos os problemas para trás. Saber que contigo tudo isso é possivel: tanto a brincadeira como a seriedade. Tanto o bom como o mau humor, tanto o sorriso como a lágrima, tanto a felicidade como a tristeza. É bom ter uma amizade assim, sem dividas mas sempre cheia de recompensas. OBRIGADA EU, mesmo!
No meio de tanta coisa, de tantas emoções e sentimentos que andam no ar esquecemo-nos que para antes de sentirmos seja o que for temos de conhecer. Tenho de conhecer não só o sentimento, seja ele bom ou mau, como também quem está por de trás dele. Temos de ter consciência do que esse mesmo nos pode reservar e nos pode causar. Temos de saber se estamos perante algo que, no mínimo, nos pareça ser saudável ou perante algo que nos possa fazer mal, o problema é que muitas pessoas ainda acreditam que se conhece alguém de um dia para o outro. Muitas pessoas ainda pensam que vamos descobrir tudo acerca de alguma coisa ou de alguém da noite para o dia. Ainda muita gente acredita em magia, acreditam que é só estalar os dedos e que de imediato terão o que desejam á sua frente, sem se darem ao trabalho de descobrir, de procurar, de investigar, de aprofundar. Acreditam que as coisas caem do céu, mas na verdade essas pessoas são assim porque, para elas, na vida nada nunca foi levado a sério, nunca se preocuparam com o «senão», se calhar porque nunca acreditaram em nada, nunca pensaram que as coisas também podem valer a pena. Talvez porque na sua perspetiva a vida é uma brincadeira e tudo o que nela existe tem de ser vivido como tal. Tem de ser como jogar um jogo, onde a derrota não nos pode afetar porque mais jogos estão para vir e algum dia um vai dar certo. A isso chama-se “jogo sujo” porque com esse tipo de jogo essas pessoas conseguem com facilidade aquilo que se calhar nós, que tentamos ser perfeitos e abordar muito bem cada ponto que interesse para tal jogada, não conseguimos. É só isso que nos deixa frustrados. Saber que fomos melhores, que fizemos de tudo para dar certo e mesmo assim, alguém que competia connosco com o simples jeito de ‘não se preocupar’ ganhou. Mas agora vamos aprofundar também este tema, vamos ser explícitos. Mas essa pessoa ganhou o quê? O que é que eles ganham com isso? Eles assim nunca irão saber de nada. Nunca vão ter uma ideia real das coisas, dos sentimentos. Eu não vou beijar um rapaz por beijar, porque um beijo assim não é nada, não tem sabor nem gosto. Não tem sentimento, nunca! Eu não vou andar lado a lado com alguém, de mão dada só porque acho que fico bem a seu lado, que ficamos bem os dois. Não vou andar assim com alguém só por uma questão de imagem, porque até podia ficar mal com esse alguém, podíamos não ser um casal bonito, aparentemente, mas simultaneamente podíamos ter algo mais bonito que a nossa imagem, capaz de nos tornar perfeitos em qualquer ponto de vista. Porque por de trás de nós temos um sentimento puro e verdadeiro que nos une de uma maneira quase que rara. Não vou dizer que amo alguém durante dois dias, para que ao terceiro dia me dê uma noite de prazer, mas sim vou dizer que amo alguém porque amo mesmo. Porque não só quero uma noite, com essa pessoa, como quero que toda a minha vida seja a seu lado. Não vou dizer que amo alguém só porque também me disseram, e porque me fica bem retribuir. É preferível dizer que não quando essa é que é a verdade. Mas agora ninguém pensa, ninguém percebe que se não mentirmos tudo vai ser melhor, mais bonito e talvez perfeito. O ar vai andar menos poluído, os dias vão ser muito melhores e a felicidade vai andar no ar em maior quantidade e intensidade, capaz de fazer feliz mesmo aqueles que não terão tantos motivos para tal, como nós. Ninguém acredita que assim seriamos todos melhores, todos mais práticos e mais unidos, porque poucos são os que conhecem e que sentiram a felicidade! Poucos são os que acreditam que a realidade também pode ser algo bom, algo bonito de se viver.

quinta-feira, 19 de abril de 2012


Quando ensinamos uma criança a pintar um desenho chamamos á atenção para não pintarem fora do risco, para não sair fora. Dizemos que assim o desenho fica mais bonito, fica direitinho.
Agora que crescemos o «desenho» é outro. Agora o desenho representa a nossa vida e os riscos representam os chamados limites.
Agora queremos ao máximo dar cor á nossa vida, colorir este desenho mas isso agora não se trata de uma «brincadeira» mas sim de algo sério. Um assunto delicado, que requer bastante atenção da nossa parte, que requer esforço para que seja minimamente perfeito. Para que, pelo menos, os riscos sejam respeitados.
Às vezes queixamo-nos, duvidamos e julgamos que podemos ir mais longe, mas quando ultrapassamos as linhas que nos são apresentadas como limites percebemos que o melhor era ter ficado por ali.
Às vezes abusamos, achamos que temos razão e que o que está desenhado é só uma maneira de não nos deixar avançar mais, uma maneira de não nos deixar subir mais um degrau, mais um bocado na vida.
Queremos mandar e mudar aquilo que já está delineado, aquilo que já foi projetado para nós. Esquecemo-nos que cada traço que pintamos fora é um motivo de deslize, de queda.
Esquecemo-nos que por mais aventureiros que possamos ser, temos de pensar antes de arriscar, principalmente relativamente a assuntos com tanta importância como estes, assuntos extremamente delicados.
Embora a vida nos pareça uma brincadeira trata-se de algo de valioso, com a qual temos de saber «brincar». É uma brincadeira que vai sendo ensinada ao longo da vida, e quando te sentires preparado, quando achares que é a altura ou que já podes ir mais longe, que já podes dar um passo maior, que já podes subir mais um degrau é que vais, é que arriscas.
Não te antecipes, pelo menos quando sabes que não é a altura certa, quando sabes que ainda não é o momento e que essa não será a melhor opção. Pensa que se souberes tomar atitudes, que se souberes agir correta e decentemente, de acordo com cada situação o tempo vai estar sempre ao teu lado, a acompanhar-te, sempre disposto a ajudar-te e a fazer com que vás crescendo cada vez mais.
Temos simplesmente de saber esperar, de saber agir, de saber viver!

segunda-feira, 16 de abril de 2012


Eu sinceramente já tinha uma vaga ideia de como as coisas iriam ser, na verdade não é preciso de ser muito inteligente para tal.
Eu já desconfiava. As pessoas estão fartas de mostrar atitudes indecentes, é obvio que não iam deixar que uma oportunidade destas lhes passasse ao lado.
Acontece que atualmente a juventude se deixa influenciar muito facilmente. Hoje poucos são aqueles que pensam antes de agir, aqueles que falam sem ter as costas quentes, como se costuma dizer. Poucos são aqueles que se preocupam unicamente com a sua vida e aqueles que deixam que cada um cuide de si.
O que agora acontece é que, na maioria dos casos, a vida dos outros está primeiro que a sua própria vida, o que realmente importa é, tentar, rebaixar os outros.
Aproveitam o facto de ter o «gangue» todo junto para explodirem ao máximo. Berrar para se certificarem de que são ouvidos e que conseguiram realmente atingir os outros.
Acontece, também, que gozam com quem toma a melhor atitude, com quem não desce a tão baixo nível. Gozam com quem sabe ganhar. Talvez porque esses não fazem a vontade aos «meninos rebeldes», por esses mesmos não darem o braço a torcer, por, apesar de tudo, manterem a liderança. Se calhar por esses mesmo manterem o seu lugar no topo, por continuarem lá e não deixar que coisas destas os deitem de lá abaixo. Por esse continuar a ser o nosso lugar e não lhes dar-mos o prazer, a honra de conhecerem esse sitio, por não serem capazes de gritar “Vitória” da mesma maneira que nós, ou seja, com o verdadeiro sentido da palavra.
Talvez por nós parecermos de ferro, por sermos capazes de aguentar tanta merda, por conseguirmos engolir a seco tanta coisa. Basicamente por não nos manifestar-mos, simplesmente deixar que o silêncio fale por nós, pois essa é uma das armas mais poderosas que nós temos, porque é o nosso silêncio que os deixa frustrados. É a nossa ignorância que faz com que eles desçam ainda mais e é a nossa ‘felicidade’ que dá com eles em doidos.
É o facto de conseguirmos mostrar um sorriso enquanto gozam connosco, tendo esse a capacidade e o poder de nos deixar gozar com eles de uma maneira mais simples e eficaz.
É a maneira bonita com que «lançamos o nosso veneno» a quem o deseja, a quem já o anda a pedir á muito tempo.
É a simplicidade com que deixamos que as coisas aconteçam, sendo esta uma forma de os matar por dentro, cada vez mais.
É o facto de no fim sairmos, mais uma vez, a gritar ‘conseguimos’.

quarta-feira, 11 de abril de 2012


«compromisso é permitir que o outro entre na nossa vida, é sonhar junto sem se sentir ameaçado, marcar um horário sem se sentir controlado, dividir o espaço sem se sentir invadido. Compromisso não é falta de liberdade, é o exercício da liberdade de estar com alguém.»

- se por acaso contigo não é assim, então é porque não sabes como é bom estar numa relação e muito menos o que isso é!

Sabes o que é que aconteceu? Eu encontrei quem tu eras de verdade.
Tive o desgosto de conhecer a pessoa que realmente és.
Graças a Deus tive a oportunidade de te ver sem máscara. Consegui ver-te sem disfarce, esse que realmente te fica bem mas na verdade não mostra praticamente nada daquilo que tu és de verdade.
Esse disfarce faz milagres, mas o que realmente lhe falta possuir algo que te tape a boca, para que te cales de vez. Para que deixes de culpar só os outros, apontar o dedo. Para que aprendas a estar calada.
Isso se calhar até te daria um certo jeito, uma vez que ás vezes é mesmo necessário que alguém te tape a boca, para que não digas barbaridades, para que não digas nada que mostre que te julgas mais que os outros e para que não fales sem ter razões. Dar-te a oportunidade de pensar nas coisas de novo. Rever tudo para teres a certeza que só fales quando tiveres motivos, quando tiveres provas. Para que não te atrevas a abrir a boca e simplesmente acusar os outros pelas coisas más, e seres tu o sujeito que praticou todas as boas ações.
Sabes porque tudo isto? Porque é mentira!
Porque nem tu te conheces, e se calhar com isto ias ter mais tempo para pensar, pensar nos outros e em ti.
Eu acho que esse disfarce para além de tapar os olhos aos outros também te tapa os olhos a ti. Trama-te a ti mesma sem que te apercebas disso.
Olhas-te ao espelho com ele mas o melhor mesmo é começar por tirar isso, pelo menos quando te vais ver ao espelho, para que comeces a ver quem realmente és, para que tenhas em conta que isso não só faz mal aos outros como também te faz mal a ti.
Quando tiveres tempo de parar com essa estupidez, quando deixares de ser assim, pelo menos quando deixares tudo isso, quando te parecer que já chega, quando tu quiseres pensa um bocado nisto, pensa um bocado em ti, pensa no que andas a fazer.
Olha que, ás vezes, quanto mais parece que estás a subir, mais a descer estás.

quinta-feira, 5 de abril de 2012


Aquele sonho perfeito, que qualquer um deseja torna-lo parte do nosso mundo é que nunca apanha uma vaga, talvez porque os pesadelos já ocuparam por completo todos os lugares da nossa realidade.
Na minha perspetiva a prioridade da vida é a injustiça e a felicidade é sempre uma segunda opção. É sempre tomada como tal, mesmo que vá contra a nossa vontade.
Agora eu pergunto-vos: vamos entrar naquele quarto, trancar a porta, sentar-nos a um dos cantos entre essas quatro paredes e chorar? Ficar lá, assim?
Baixar o estore, fechar a janela, fazer com que tudo fique assim: frio e escuro, é isso que vamos fazer?
Vais ficar sozinho (a) nesse quarto, triste, mesmo sabendo que a tua felicidade pode estar no outro quarto ao lado? Mesmo sabendo que pode estar do outro lado dessa parede a que estás encostado (a)? Mesmo sabendo que até pode estar de sentinela á porta do teu quarto?
Vais continuar quieto? Vais perder o teu tempo a chorar e a sacar lenços de papel da gaveta da mesinha de cabeceira em vez de te levantares e ir em busca do que realmente queres?
Vais deixar que isso seja também uma segunda opção, em ti? Vais criticar a vida por ser injusta mas vais fazer igual, é isso?
A felicidade não entra obrigatoriamente pela porta, pode entrar também pela janela, por isso, primeiro vais levantar-te, abrir a janela e puxar a persiana para cima. Deixar que a luz do dia ilumine esse quarto e deixa que te ilumine também a ti. Não te importes com os bichos, e se algum passarinho pousar na soleira da janela vai ter com ele, ele deve ter alguma coisa para te dizer, e pensa que só de ouvir o cantar dele já vale a pena teres aberto aquela janela.
Aprecia as borboletas que voam felizes e imagina-te como tal e pensa que embora hoje estejas aborrecido(a) um dia vais estar igual. Vais ter imensa vontade de voar, e vais ter alguém que voe contigo e não interessa que companhia seja essa, o que interessa é que existe. Não tem de ser necessariamente tua namorada, teu amigo, teu irmão, teu conhecido, pode ser um desconhecido que um dia pode ser tudo isso e muito mais.
Agora faz essa cama, arranja os tapetes, arruma as sapatilhas que deixas-te á sorte no meio do quarto e a roupa que está caída no chão, arruma tudo isso que parece mal. Abre o armário, guarda nele tudo o que tens a guardar, tudo o que te serve ,o que não servir aproveita para deitar fora (não ocupes espaço com coisas que já não valem a pena, que jamais irão ser utilizadas). Não as deixes fechadas num saco do lixo dentro do teu quarto deita lá fora, abre a porta sem medo e deixa isso no contentor, a ideia é retirar tudo o que não é necessário, e separar o que não é preciso do que é, do que ainda faz falta por isso tudo que seja lixo fica lá fora. Do outro lado da porta!
E agora? Estás mais leve?
Então vamos continuar (…) dirigi-te, agora, á casa de banho, liga a torneira de modo a sair água fria, baixa-te um bocado, molha essas mãos e esfrega a cara. Atira a água contra a tua cara, esfrega bem os olhos, quando achares que já chega, limpa-te. Seca as mãos, e faz-te á vida. arranja-te para sair.
Protege-te. Previne-te. Se achares que tens algo aí dentro que talvez te faça falta, ou que talvez seja necessário para algum imprevisto que pode acontecer durante o dia mete-o ao bolso ou na mala, e sai como se nada fosse.
Mantém o teu ar natural. Sorri sempre. Mantém-te atento (a) ao chão que estás ou que vais pisar.
Não te apresses, tens tempo e pensa sempre: «mais vale tarde do que nunca».
Já está meio caminho andado e isso é o mais importante, agora só te resta continuar, sempre de cabeça erguida. Deixa que os problemas também entrem no teu espaço e não te rebaixes logo ao primeiro, porque na vida problemas são os que mais existem, simplesmente mantem-te confiante e acredita que um dia vai entrar a felicidade. Um dia vai ser a vez de ser ela a entrar, um dia vai ser a tua vez. Quando ela chegar não a deixes ir. Não a soltes. Aprende a conciliar as coisas, aprende a viver com ela, porque não é só desejar, não é só pedir, ela requer cuidados, requer tempo, requer paciência, requer atenção. Ela se calhar vai roubar-te muita coisa que tens em ti mas vai sempre compensar-te, vai sempre fazer e querer o melhor para ti. Ela rouba-te tempo e espaço mas ela vale a pena.
Se algum dia achares que ela faz de ti um(a) prisioneiro(a) é porque te enganaste, é porque não é ela, é porque te precipitaste. Ela vai sempre fazer de ti uma pessoa livre, uma pessoa leve uma pessoa completamente diferente, independentemente do tempo e do espaço que ela te possa tirar, porque esses vão ser sempre ocupados por algo que te faça bem, que te faça feliz!
A felicidade não é um «vai e vem», acredita que a felicidade quando chega é para ficar, nem que fique só um bocadinho dela.
A felicidade é algo que se vai ganhando aos bocados, não é de uma vez e quando sai é da mesma maneira, mas há um bocadinho que fica sempre lá.

quarta-feira, 4 de abril de 2012


Querem um conselho?
Não estejam sempre á espera das palavras, não estejam só á espera que falem para vocês.
Em vez de te virares de costas para alguém, á espera que essa pessoa se dirija até ati, te toque no ombro e te diga olá, vira-te de frente para ela e repara, repara nela porque ela também vai reparar em ti.
Ela vai olhar para ti, nem que seja para te criticar. Encara-a, porque os olhos dela podem dizer muito mais que algumas palavras que essa mesma pessoa te possa dizer.
Esses são os únicos que fazem com que essa pessoa te veja, com que algum dia se tenham conhecido, enquanto que as palavras… as palavras não passam disso. Não passam de uma maneira de descrever, de definir.
As palavras falam menos que um olhar, e mentem mais que um mesmo.
E se algum dia quiseres dizer que o amas fá-lo da mesma maneira: olhos nos olhos, cara a cara, frente a frente, porque é aí que vais perceber o que ele sente, sem ele te dizer alguma coisa, sem usar as palavras!

segunda-feira, 2 de abril de 2012


A rotina é o único problema.
É ela que me cansa, que me deixa exausta. É ela que me obriga a fazer sempre o mesmo trajeto, a dirigir-me sempre aos mesmos sítios, todos os dias. Obriga-me a ver sempre as mesmas pessoas. É ela que me prende a algo que não me agrada, a algo do qual eu preciso de espaço, preciso de descanso.
É uma necessidade ver o dia de outra maneira e fazer desses uma coisa diferente, algo melhor.
Tenho saudades de dizer que este valeu a pena do início ao fim. Tanto a manhã como a tarde e como a noite foram fantásticas. Sem discussões, «sem stress», sem obrigações, sem ter de dizer: “é o costume, estou farta”, ou então: “ só me apetece sair daqui”.
Finalmente posso dizer que estes dias valeram a pena. Três dias seguidos; três do melhor.
Nesses dias não houve nada que me esgotasse com a paciência, não existiu nada que eu fizesse contrariada a não ser o facto de ir embora.
Ter de abandonar aquele sitio, aquela casa, aquele lugar, aquela gente. Aquelas pessoas que constituíam uma família. Aquele grupo que me obrigava a rir, que me obrigava a ser feliz.
Aqueles que me ouviam com gosto, com vontade. Aquele que queriam que eu falasse e que gostavam de me fazer falar, aqueles que me fizeram chorar por terem de ir embora.
Eu mudei. Eu disse que ia ser assim, eu disse que isto me põe sempre em mudança, que me faz realmente bem.
O único problema é que acaba. Isto acaba sempre, e o que é bom parece acabar ainda mais depressa. Passa a voar.
Hoje estou de volta e já estou cansada. Já só penso em voltar, já só penso em mais.
Hoje a velha rotina já faz parte. As regras são as mesmas e as obrigações já existem. Hoje já voltou tudo a normal. Hoje já só existem as memórias, as recordações.
Tanto hoje, como sempre, eu vou lembrar-me disto. Vou lembrar-me de tudo!



sugestões? Mais destas. Mais vezes. Mais, mais e mais!

Não sei como nem por onde começar. Apetece-me dizer tudo, tudo mesmo mas a verdade é que não consigo.
Existem pormenores que são essenciais, que são os que tornam as coisas realmente fantásticas e boas mas não os consigo escrever nem vocês, que leem este texto, os vão conseguir perceber ou imaginar, exceto tu.
Sim, tu mesmo. Seria estranho se fosse outra pessoa qualquer. És tu, só tu, simplesmente tu!
Eu queria falar de tudo mas não consigo. Quando pego nesta caneta e neste caderno para escrever sobre isto parece que as palavras me fogem e a imaginação se evapora.
Sim, vou deixar-me de rodeios. Como se diz imensas vezes “só quando passamos por isso é que percebemos.” Basicamente só quando passamos pelo momento, quando vivemos essa experiência é que vemos como tudo é, verdadeiramente. Como as coisas se passam exatamente.
Estavas tu de um lado e eu do outro mas no meio de tudo isso deu para fugir um bocado á regra. Deu para nos juntarmos, sentarmos num muro e estar ali, como nunca antes tínhamos estado.
Já com um feitio diferente, já mudados psicologicamente, mais eu do que tu mas de certa forma os dois.
Na noite de sábado, a comer um gelado e a falar como nunca. O tema era diferente dos normais, era uma conversa diferente e perfeita.
As palavras eram mais doces que o gelado, os beijos e abraços aqueciam a noite que era fria e tu tornavas a noite ainda mais bonita, tornaste aquela noite na melhor de sempre!