"Falar sem aspas, amar sem interrogações, sonhar com reticências, viver e ponto final."

segunda-feira, 5 de janeiro de 2015




 Às vezes surge a sensação de que andamos no mundo como por turismo, como se de repente perdêssemos o rumo, como se momentaneamente nos fosse feita uma limpeza ao corpo e à alma e, posteriormente, nos fossem roubados todos os sonhos e metas.

De repente, muito de repente, muita coisa se perde ou pode perder. E eu perdi-te!

Independentemente de toda a naturalidade com que ambos tenhamos agido, apesar de toda a maturidade com que os dois lidamos, perder alguém é sempre algo que provoca toda uma mistura de inúmeros pensamentos e sentimentos.

Tenho pena que assim seja, mas é certo que na base esteve sempre a amizade que, desde o inicio, nos acompanhou! Aquela amizade que nos uniu, que nos tornou mais fortes de modo a lutarmos, muitas e muitas vezes, contra ventos e marés! Aquela que tornou ‘dois em um’, a única que sobrevive (e há-de sobreviver) a tudo aquilo que nos separou e abalou!

E eu tento encontrar uma explicação para tudo isto, mas há coisas que não se explicam. E duas pessoas que se amam como nós, não estarem juntas é algo que nunca ninguém perceberá, nem mesmo eu e, provavelmente, nem tu mesmo!

Por muito que o amor permaneça, falta-nos a vontade, falta-nos o ‘querer’, e isso é outra coisa que o amor não pode explicar, que nós não sabemos explicar ao certo. Mas o amor é isto mesmo. É algo que não se percebe, desde que começa, ao momento em que ‘termina’ (e repito, por muito amor que ainda persista em nós).

De uma coisa eu estou certa: AMO-TE! E acredito que esta seja, estupidamente, a única razão para tudo isto.

quinta-feira, 18 de dezembro de 2014




"Em excesso de lucidez, loucure-se!"


 É frustrante quando nos faltam a coragem e as palavras para falar daquilo que precisamos de libertar. É complicado querer, mas não poder.
Tenho a cabeça cheia, o pensamento a funcionar 24 horas por dia, com horas extras, tenho o coração cheio de coisas bonitas mas tão, tão apertado!
O sangue corre-me pelo corpo a mil, os meus pés conduzem-me até ti, os meus dias levam-me a ti, as tuas mãos seguram as minhas, os teus braços apertam-me (juntando os nossos corpos) até que, enfim, os nossos lábios se encontram. Os nossos olhares cruzam-se, sorrimos e posso apenas afirmar que não há melhor silêncio do que nosso! Não há melhor momento para se falar assim, desta forma.
De repente uma voz que nos alerta, “Pausa, pausa, pausa”.
Aí, tudo parece normal, tudo parece igual, tudo parece como antes.

(...)
 
Enfim, loucura.