"Falar sem aspas, amar sem interrogações, sonhar com reticências, viver e ponto final."

quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012


Sensações?
É aquilo que acontece quando vês alguma coisa ou alguém. É o sentido com que interpretas algumas coisa ao primeiro olhar. É algo que acontece individualmente sem antes pensar. É, simplesmente, o primeiro impacto.
A sensação não é o conhecimento, é sim o caminho para o conhecimento.
Faz tudo parte do sentido que nós próprios damos ás coisas. Vem de dentro, vem de nós, mas sensação não é conhecimento nem sequer faz parte do mesmo, é simplesmente o primeiro passo. Não quer dizer que o teu ‘pressentimento’, seja ele bom ou mau, esteja certo ou errado. Apesar de ser uma sensação não significa que o que aches esteja errado, mas nunca saberás isso se não conheceres, se não investires no assunto e procurares se realmente as tuas expectativas estão certas.
A percepção é o segundo passo, ou seja, enquanto não tentares saber, ou enquanto não “investigares” não saberás. Se é algo que desconheces tens de fazer para conhecer, não deves acusar quando não sabes, aliás, a lei não o permite, mas pronto relativamente a assuntos da vida alheia é possível, pode perfeitamente acontecer, mas não deve.
É só mais um bocado de informação. Só mais uns tópicos. Este passo é feito para adquirires as peças que te faltam, porque o próximo? O próximo é o terceiro e o ultimo passo.
O próximo é o conhecimento. Montas o puzzle e tens o que precisavas para que possas, assim, argumentar. Tens tudo para que possas falar. É mais difícil seres calado por alguém, tens argumentos para te defenderes, e tens todos os pontos para explicares o teu ponto de vista.
É obvio que tens de estar preparado para as criticas, tens de estar preparado para as contradições, mas isto já faz parte da vida, isto é a norma, nem toda a gente vai compreender as tuas ideias, e muito menos aceita-las. É um assunto polémico, totalmente discutível.
Nem todos vemos as coisas da mesma maneira, julgamo-nos por acharmos que somos mais correctos do que outros, esquecemo-nos ás vezes que temos de aceitar os defeitos uns dos outros.
Há quem goste e que não goste, há ainda quem não goste mas vá gostar, e há quem não gosta e vai passar a odiar. Há de tudo, mas isto não pode interferir.
Eu só me preocupo com as palavras que digo e, a quem e onde me dirijo.
Se eu tenho a sensação que te vou perder, vou de alguma maneira jogar pela segurança disto, nem que para isso tenha de arriscar algumas histórias. É preferível deitar a perder algumas das outras, do que perder a nossa, porque esta? esta eu tenho a certeza que vale a pena, isto já não se trata de sensações, mas sim de conhecimento. eu conheço o teu e o meu sentimento, portanto arriscaria por isto, sem dúvida alguma.

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012


Não se trata de coragem nem de medo.
Há momentos que tememos dar aquele passo que irá fazer toda a diferença, que nos dará respostas certas ou erradas, positivas ou negativas. O receio são as respostas, é a insegurança de pisar o chão e também a incerteza do que será melhor: assentar os pés no chão, com calma, ou então atirarmo-nos de cabeça.
Para mim ‘assentar os pés no chão, com calma’ aparenta ser mais seguro porque temos, desde o inicio, noção do tamanho que terá a queda (no caso de fracassarmos), enquanto que atirarmo-nos de cabeça é um risco, porque não temos noção da queda, nem das consequências.
Tanto de uma maneira como de outra é arriscar, mas atirarmo-nos de cabeça é uma maneira mais radical de ‘avançar’. Pode ou não resultar, é como tudo.
A vida nunca nos deu certezas de nada para além da morte.
Da mesma maneira que estás de pé, podes estas estendida no chão, e ás vezes nem precisamos de muito. Basta-nos que qualquer coisa não aconteça como queremos ou como esperávamos que acontecesse. Ás vezes basta confiar.
A verdade é que isso tanto passa por ser uma solução ou por ser um golpe baixo, capaz de estragar o momento ou até mesmo tudo. É capaz de romper com a boa disposição, tirar-te o sorriso da cara e deixar-te completamente mal disposta.
Basta um bocadinho. Bastam cinco ou dez minutos. Estragar não demora nada, o que demora é mesmo revigorar.