"Falar sem aspas, amar sem interrogações, sonhar com reticências, viver e ponto final."

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012


Não se trata de coragem nem de medo.
Há momentos que tememos dar aquele passo que irá fazer toda a diferença, que nos dará respostas certas ou erradas, positivas ou negativas. O receio são as respostas, é a insegurança de pisar o chão e também a incerteza do que será melhor: assentar os pés no chão, com calma, ou então atirarmo-nos de cabeça.
Para mim ‘assentar os pés no chão, com calma’ aparenta ser mais seguro porque temos, desde o inicio, noção do tamanho que terá a queda (no caso de fracassarmos), enquanto que atirarmo-nos de cabeça é um risco, porque não temos noção da queda, nem das consequências.
Tanto de uma maneira como de outra é arriscar, mas atirarmo-nos de cabeça é uma maneira mais radical de ‘avançar’. Pode ou não resultar, é como tudo.
A vida nunca nos deu certezas de nada para além da morte.
Da mesma maneira que estás de pé, podes estas estendida no chão, e ás vezes nem precisamos de muito. Basta-nos que qualquer coisa não aconteça como queremos ou como esperávamos que acontecesse. Ás vezes basta confiar.
A verdade é que isso tanto passa por ser uma solução ou por ser um golpe baixo, capaz de estragar o momento ou até mesmo tudo. É capaz de romper com a boa disposição, tirar-te o sorriso da cara e deixar-te completamente mal disposta.
Basta um bocadinho. Bastam cinco ou dez minutos. Estragar não demora nada, o que demora é mesmo revigorar.

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