"Falar sem aspas, amar sem interrogações, sonhar com reticências, viver e ponto final."

segunda-feira, 2 de abril de 2012


A rotina é o único problema.
É ela que me cansa, que me deixa exausta. É ela que me obriga a fazer sempre o mesmo trajeto, a dirigir-me sempre aos mesmos sítios, todos os dias. Obriga-me a ver sempre as mesmas pessoas. É ela que me prende a algo que não me agrada, a algo do qual eu preciso de espaço, preciso de descanso.
É uma necessidade ver o dia de outra maneira e fazer desses uma coisa diferente, algo melhor.
Tenho saudades de dizer que este valeu a pena do início ao fim. Tanto a manhã como a tarde e como a noite foram fantásticas. Sem discussões, «sem stress», sem obrigações, sem ter de dizer: “é o costume, estou farta”, ou então: “ só me apetece sair daqui”.
Finalmente posso dizer que estes dias valeram a pena. Três dias seguidos; três do melhor.
Nesses dias não houve nada que me esgotasse com a paciência, não existiu nada que eu fizesse contrariada a não ser o facto de ir embora.
Ter de abandonar aquele sitio, aquela casa, aquele lugar, aquela gente. Aquelas pessoas que constituíam uma família. Aquele grupo que me obrigava a rir, que me obrigava a ser feliz.
Aqueles que me ouviam com gosto, com vontade. Aquele que queriam que eu falasse e que gostavam de me fazer falar, aqueles que me fizeram chorar por terem de ir embora.
Eu mudei. Eu disse que ia ser assim, eu disse que isto me põe sempre em mudança, que me faz realmente bem.
O único problema é que acaba. Isto acaba sempre, e o que é bom parece acabar ainda mais depressa. Passa a voar.
Hoje estou de volta e já estou cansada. Já só penso em voltar, já só penso em mais.
Hoje a velha rotina já faz parte. As regras são as mesmas e as obrigações já existem. Hoje já voltou tudo a normal. Hoje já só existem as memórias, as recordações.
Tanto hoje, como sempre, eu vou lembrar-me disto. Vou lembrar-me de tudo!



sugestões? Mais destas. Mais vezes. Mais, mais e mais!

Não sei como nem por onde começar. Apetece-me dizer tudo, tudo mesmo mas a verdade é que não consigo.
Existem pormenores que são essenciais, que são os que tornam as coisas realmente fantásticas e boas mas não os consigo escrever nem vocês, que leem este texto, os vão conseguir perceber ou imaginar, exceto tu.
Sim, tu mesmo. Seria estranho se fosse outra pessoa qualquer. És tu, só tu, simplesmente tu!
Eu queria falar de tudo mas não consigo. Quando pego nesta caneta e neste caderno para escrever sobre isto parece que as palavras me fogem e a imaginação se evapora.
Sim, vou deixar-me de rodeios. Como se diz imensas vezes “só quando passamos por isso é que percebemos.” Basicamente só quando passamos pelo momento, quando vivemos essa experiência é que vemos como tudo é, verdadeiramente. Como as coisas se passam exatamente.
Estavas tu de um lado e eu do outro mas no meio de tudo isso deu para fugir um bocado á regra. Deu para nos juntarmos, sentarmos num muro e estar ali, como nunca antes tínhamos estado.
Já com um feitio diferente, já mudados psicologicamente, mais eu do que tu mas de certa forma os dois.
Na noite de sábado, a comer um gelado e a falar como nunca. O tema era diferente dos normais, era uma conversa diferente e perfeita.
As palavras eram mais doces que o gelado, os beijos e abraços aqueciam a noite que era fria e tu tornavas a noite ainda mais bonita, tornaste aquela noite na melhor de sempre!