"Falar sem aspas, amar sem interrogações, sonhar com reticências, viver e ponto final."

sexta-feira, 27 de abril de 2012

O amor? Oh, o amor. É um doce e por vezes é amargo. Uns dias melhor outros pior. Uns dias mais alto, outros mais baixo. O amor é cego, é mágico, é um abismo. Quando caímos nele pela primeira vez jamais saímos de lá. É aquele sentimento que quando se entranha em nós nunca mais nos larga. Eu acredito que é aquele sentimento que nasce connosco mas é ao longo da vida que vamos aprender a viver com ele, é quando nos apaixonarmos que vamos aprender a lidar com isso. Com o passar do tempo ele vai mostrar-nos que existem duas faces, vai mostrar-nos que tem um lado positivo e um lado negativo e quando o conhecermos tal e qual como ele é, quando o apanharmos não só em dias bons mas também em dias menos bons vamos perceber que nem ele é perfeito, que nem ele é certo. Vamos ver que ele também nos desaponta, também nos prega partidas. Vamos aprender o que é perder, vamos saber que o amor só é feliz enquanto existe e, essencialmente, quando é retribuído e que quando deixa de existir não é amor, é sim algo triste e com isto vamos ver que, embora ele não nos largue nós vamos ter de o largar muitas vezes. E o arrependimento faz parte. Vamos ficar com peso na consciência, vamos questionar-nos se foi mesmo o melhor para os dois ou se não. Vamos perguntar se teria mesmo de ser assim ou se ainda havia volta a dar. Vamos ter sempre a impressão de que se calhar se naquele dia não tivesse aquela atitude as coisas podiam ser bem diferentes, vamos pensar que se calhar se não tivesse dito aquilo assim, daquela maneira, as coisas não viessem a ficar como ficaram ou até mesmo a acabar. Vamos culpar-nos sempre mas vai haver, também, uma vez que te vais sentir culpado (a). Vai chegar o dia em que os teus defeitos vão ser postos em causa e tu, se não souberes lidar com isso, vais levar o assunto como uma provocação, um desgosto. Vais ouvir ou ler as coisas e, provavelmente, vais pensar que estão a dizer que já não gostam de ti, que já não te amam. Mas é mesmo assim, o amor chega a um certo ponto que já não tolera alguns defeitos. Chegamos a uma fase em que a ideia é sermos adultos, os dois, juntos! É tornarmo-nos realmente um casal e não um simples par de namorados que passeiam de mão dadas na rua, que se beijam loucamente, mas sim vamos passar a ser duas pessoas adultas, que se beijam intensamente, que sabem a altura certa para beijar, que escolhem o minuto perfeito para abraçar e andam de mãos dadas porque o amor realmente existe, porque querem a proximidade um do outro, querem sentir que estão lado a lado, querem sentir-se protegidos e bem. Porque realmente amar tem um significado especial e o amor faz sentido. Porque amor não é só na cama mas sim em todo o lado. Amor é um sentimento que se vive em qualquer lado e pode ser demonstrado com palavras, com olhares, não é necessariamente algo perverso. Porque o amor exige trabalho, paciência, dedicação e coração. O amor é o único que, quando nos invade verdadeiramente, nos consegue ir buscar características próprias, nossas, consegue ir ao mais profundo de nós. Sim, exige-nos muita coisa, mas quando gostamos mesmo nós estamos dispostos a tudo, nós cuidamos, nós aguentamos, até porque «quem anda por gosto não cansa».

sábado, 21 de abril de 2012

Sabes o que eu queria agora? Queria o teu corpo aqui, deitado ao lado do meu. Queria a minha cabeça debruçada no teu peito, enquanto os teus braços entrelaçavam no meu corpo e as nossas mãos se unissem. Queria ficar assim contigo, tanto nesta como em todas as outras noites, a ouvir a tua respiração. Sentir-te realmente ao meu lado, contemplar o teu corpo, o teu jeito e cada beijo que fosse surgindo. Queria deixar-me de uma vez por todas de imaginações. Queria deixar-me de criar este tipo de imagens na minha cabeça e passar de uma vez por todas ao real. Deixar de me agarrar á almofada com tanta força como se fosses tu que lá estivesses e começares a ser tu a minha verdadeira almofada, o meu aconchego, o meu repouso. Queria deixar de ler e passar a ouvir o “AMO-TE” de todas as noites, de cada final do dia. Queria que me sussurrasses essa linda palavra ao ouvido, como fazes cada vez que estamos juntos. Não queria que me dissesses que vais estar a dormir aqui ao meu lado agarrado a mim, simplesmente queria que cá estivesses, sempre. Queria de uma vez por todas a tua companhia, o teu abraço, o teu calor. Queria que me cobrisses as costas com a tua calma, queria sentir as tuas mãos a deslizar pelos meus braços, queria arrepiar-me com todas essas coisas antes de adormecer. Queria beijar-te como uma maneira de dizer «boa noite» e queria acordar com um beijo leve e calmo na testa, e ouvir, no teu tom de voz perfeito: “bom dia princesa”, acompanhado por um sorriso estupendo, que é o teu!