"Falar sem aspas, amar sem interrogações, sonhar com reticências, viver e ponto final."

quinta-feira, 29 de novembro de 2012



As soluções nem sempre se estudam, por vezes a resolução de cada problema está em nós. Cada um tem a sua maneira de resolver, de chegar ao fim sem errar num número que seja. Se calhar esse é outro problema: haver muitos números. São muitos os cálculos, as contas, os métodos, as tabelas, gráficos, etc. Acaba mesmo por ser uma tremenda confusão, como se estivéssemos perante um quarto completamente desarrumado, que nos leva de imediato a uma vontade de desistir, virar costas, bater a porta e partir para outro! Procurar um problema melhor. É isso que todos acabamos por ter vontade de fazer, esquecendo que, embora melhor, não deixa de ser um problema, não nos deixa de dar dores de cabeça. Vai haver sempre aquele dia em que a vontade de desistir se vai apoderar de nós, vai deitar-nos no sofá, de cabeça pousada na almofada de lágrimas nos olhos.
Aí nós pensamos como é boa a matemática. Como é bom ter uma solução para cada problema nas últimas páginas do livro manual, que dê para serem consultadas após imensas tentativas, após tantas voltas. Que sirvam para pôr fim àquilo e que por vezes, só de ver o resultado chegamos logo a uma conclusão, conclusão essa que será, muito provavelmente, a solução ideal, a perfeita, a pretendida!  
É difícil o facto de na nossa vida as coisas não serem como nos livros, relativamente a tudo, a todo o tipo de problemas. É chato esperar que o amanhã seja a solução e isso nem sempre acontece e, em contrapartida, nos traga mais um problema.
O problema é mesmo esse, é existirem tantos problemas, é somarmos mais um ou dois aos que já existem e que nem sequer foram debilitados.
A conclusão que hoje tiro é que, muito provavelmente, nós somos o grande problema, e só de pensar que não nos conseguimos resolver, que não nos entendemos a nós mesmos, eu fico bastante preocupada. E, agora que penso, tento encontrar uma solução, o que acaba por ser uma missão com um nível de dificuldade um bocado agravado uma vez que somos seres bastante problemáticos.


sexta-feira, 23 de novembro de 2012


Na atualidade o julgar saber é cada vez mais um dos maiores erros. A vida é feita de julgamentos. Eu sempre pensei que esses fossem a favor da justiça mas enganei-me.
As definições já não nos dizem muita coisa, a sociedade mudou tudo, e em todos os sentidos!
Hoje se não for do nosso conhecimento, não vale a pena mas as pessoas julgam, mais uma vez, que essa é uma questão que muda conforme o tempo.
Eu não me oponho, tenho a perfeita noção que o tempo é capaz de mudar tudo e que tudo muda com o tempo, mas no meio de tudo isto, as pessoas não tem noção do que é isso de tempo.
É tudo muito negativo, tudo bastante errado. As pessoas agem com rancor, fazem para chamar a atenção esquecendo que tudo isso lhes fica mal.
Hoje muita gente se esquece que a vida nos avalia em três parâmetros fundamentais: Saber ser, estar e fazer. A verdade é que a maioria de nós já não sabe nada.
Não vou discutir no que somos piores ou melhores, não adianta. Limito-me a dizer que já fomos melhores e que podíamos sê-lo, atualmente.
Porquê? Porque hoje não sabemos o que fazemos, não sabemos quem somos e, andamos de tal modo perdidos, que não sabemos onde estamos, nem como estamos!
Hoje , a maioria de nós cai pelo próprio pé, o que é ainda mais triste. Parece que passamos novamente ao preto e branco. Já nada tem cor, já nada tem vida. Já nada faz sentido!