Eu confesso que ao início tive medo, medo de começar uma
nova viagem, uma nova etapa só porque o meu corpo pedia, o meu coração mandava
e tu merecias. Pensei que seria realmente bom para os dois e que era isso que
nos ia manter unidos, e foi, disso eu tenho a certeza.
Foi tão bom que
acabamos por adormecer imensas vezes nas nuvens, voamos juntos como dois
pássaros livres. Deixamo-nos levar pelo vento, conhecemos bastante um do outro,
demos conta de pormenores que apareciam ao longo da viagem. Tomamos conta do
carinho que nos acompanhou e levamos o amor bem guardado nas nossas malas de
viagem. Tudo era nosso, parecia mágico. Vimo-nos como nunca antes nos tínhamos
visto, senti-me bem, confortável contigo e comigo mesma.
Mas as coisas boas não duram muito nem para sempre. Algum
dia esta ida às nuvens teria que acabar e os pesadelos começar. São tudo fases
da vida às quais, juntos, sempre conseguimos ultrapassar.
A aterragem foi sempre brusca e sempre o será. Sair do
paraíso para voltar ao inferno é algo que nos custa imenso.
A verdade é que temos a nossa maneira de continuar, de agir,
de lidar com os problemas, Aquela maneira que torna as coisas mais fáceis e faz
com que seja tudo ‘passageiro’ ou, pelo menos, com que tudo se pareça com tal.
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