"Falar sem aspas, amar sem interrogações, sonhar com reticências, viver e ponto final."

quinta-feira, 10 de maio de 2012

Eu gostava de saber, de adivinhar mas tudo do que sou capaz são previsões, essas são do domínio da probabilidade e como é óbvio nunca me vão ajudar muito. Naquele momento são capazes de me deixar feliz, de me levarem a pensar aquilo que realmente desejava, aquilo que queria mas e daqui por uns tempos? Quando, se calhar já nada vai existir? Vou olhar para trás e pensar que realmente o futuro é incalculável e improvável. É completamente estranho, é algo que chega sem eu dar conta mas algo que faz com que aquilo, que naquele dia era o motivo de tal previsão, do «talvez», passa a ser passado. O futuro é algo que existe sempre e o presente é um bocado que passa a correr. É aquilo a que chamamos de fugaz, é extremamente curto é basicamente cada segundo da tua vida, do teu dia. Eu gostava de pensar simplesmente no que acontece e deixar de pensar, de vez, naquilo que provavelmente vai acontecer ou que, se calhar, nem vai chegar a acontecer. Isso só me atrapalha, deixa-me a desejar cada vez mais e isso nem sempre é bom porque o desejo pode nem sequer ser concretizado, o sonho pode não se realizar, a imagem real pode não corresponder minimamente á imagem que eu criei mentalmente! Com tantas previsões posso tornar o meu futuro arruinado, embora o ache perfeito enquanto penso nele. Sinceramente tenho medo, sempre o tive. Este defeito nunca me largou e duvido que me largue. Há um pé que anda sempre atrás e por vezes é isso que me atrapalha, é isso que me faz tropeçar e cair. Falta-me equilíbrio, segurança. Falta-me um bocado de coragem para acreditar em coisas que, inicialmente, me parecem impossíveis.

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