"Falar sem aspas, amar sem interrogações, sonhar com reticências, viver e ponto final."

segunda-feira, 19 de março de 2012


E debaixo do chuveiro mil e uma coisas podem acontecer.
Podem até chamar-me de ridícula mas é verdade, é o sítio ideal para descomprimir, para refletir, para relaxar e para pensar.
Ás vezes o que nos falta é lavar a cara e o corpo, remover muitas coisas que nele se enraízam.
Podes ficar-te pelo som da água a cair mas podes também optar por ligar o rádio e deixar-te levar. A música facilita-me o arranque, basta ser calma, doce e boa que os meus pés num instante levantam do chão.
Eu penso na letra e tento enquadrá-la em mim, a verdade é que esta encaixou na perfeição.
Não sei com que intuito a música foi escrita mas da maneira que eu a vejo a música é perfeita. A letra é linda, é determinante, é sentida. Eu senti-a.
Há situações em que convém que sejamos convictos naquilo que dizemos ou fazemos. Devemos ter a certeza do que pedimos e, cada vez mais, do que vamos pedir. Não vamos nem queremos perder tempo com coisas inúteis, preferimos avançar para aquilo que nos parece melhor e mais apropriado.
O tempo muda muita coisa e uma delas é a nossa mentalidade. Passamos a pensar de uma maneira diferente, a ver as coisas com outros olhos, a conhecer de outra maneira.
Antes acreditávamos que era uma cegonha que nos trazia e agora sabemos muito bem como é que cá chegamos e sabemos todos os processos, aliás, interessamo-nos por isso.
Agora eu acredito que é isto que eu quero, que és tu, que este é o meu futuro mas… e daqui por uns tempos? Como é que vai ser?
Este presente vai ser um “antes”, e eu queria nesse futuro próximo falar do que sinto hoje e poder dizer: “antes eu estava certa, eu disse que era isto que queria e é verdade, eu disse que eras tu, e é verdade, e disse que este é o meu futuro e também é verdade.”
E certezas? Não existem.
E coisas que não me preocupem? Não existem.
Querer não é ter, pois não? Não.
Agora é assim mas, e depois como vai ser? Não sei.
De que nos adiantam os planos se esses nos podem sair furados?
Vivemos de probabilidades. Eu até posso acreditar em alguma coisa neste momento mas daqui a cinco minutos podem dizer-me uma coisa que me leve logo ao contrário. Algo que me faça mudar de ideias, e isso é fácil.
Não temos alternativa se não cuidar e aproveitar enquanto dura. O futuro que nós imaginamos não é certo, aliás, nada o é.
Vamos tomar conta do presente como se não houvesse futuro.
Vamos tentar não insistir num futuro que pode nem existir. Vamos amar mais e mais, agora. Vamos dar ao máximo o que podemos dar. Vamos deixar que poucas sejam as coisas que nos passem ao lado. Vamos tentar aproveitar todas as oportunidades, todos os dias, cada minuto e cada segundo.
Vamos falar sempre de hoje e não de amanhã. Esse chega quando tiver de chegar.
Cada coisa a seu tempo. Não insistam.

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